quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Sobre a regulamentação da psicanálise

No último Encontro Brasileiro do Campo Freudiano, promovido pela EBP, que ocorrou em BH, tivemos uma discussão muito produtiva acerca da regulamentação da psicanálise no Brasil.
Desde 2000 vem sendo travadas discussões no congresso, principalmente a partir de deputados vinculados a organizações religiosas, a fim de regulamentar a psicanálise no Brasil, tentando inclusive implementar projetos de lei. Com isso, diferentes instituições psicanalíticas começaram a se reunir para lutar contra a regulamentação da psicanálise.
Esse posicionamento advém de vários fatores, dentre outros motivos pode-se apresentar a manutenção da distância entre a psicanálise e o Estado, a não submissão da formação do analista à quantificação e a avaliação, e a compreensão de que uma psicanalista "só se autoriza de si mesmo", proposição essa que Lacan assinala na sessão de 9 de abril de 1974, definindo ali que um analista se autoriza a si mesmo como tal a partir de um tripé que sustenta sua formação: a análise pessoal, a supervisão e o estudo teórico.

Para melhor aprofundar sobre essa discussão recomendo a leitura do texto: http://ebp.org.br/wp-content/themes/ebp/img/contra_regulamentacao_psicanalise.pdf