quarta-feira, 6 de julho de 2011

A ascensão do objeto a na contemporaneidade e seus efeitos sobre a arte

A ascensão do objeto a na contemporaneidade tem como um dos seus efeitos no contemporâneo uma mudança radical no conceito de arte, esta já não é o que era antes. Marcel Duchamp começou sua carreira como artista criando pinturas de inspiração impressionista, expressionista e cubista. Contudo, ele se consagrou ao expor sua obra A fonte no museu, um urinol, que desestruturava a arte conforme defendida pelos padrões burgueses.














Outro artista, Damien Hirst, promove ainda mais o abalo do valor simbólico dos objetos de arte ao produzir uma obra intitulada For the love of God: um crânio cravejado de 8.601 diamantes, que tinha mais diamantes que a coroa utilizada pela rainha da Inglaterra em ocasiões especiais. Em outra instalação apresentou um par de vitrine repleto por pílulas de remédios. Esses objetos reduzem o valor simbólico ao da mercadoria, e demonstram a futilidade dos bens de consumo. De tal forma que denunciam a queda do Ideal e do Pai enquanto aquele que operava como um regulador de gozo, e, consequentemente, a ascensão do objeto a, dos objetos de consumo. (Henschel de Lima, C. & Gonin, G. "impactos del ascenco del objeto en la contemporaneidad: body-art y adicciones". In: Pharmacon, n.11, El lazo social intoxicado . Buenos Aires: Grama Ediciones, 2009).



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